O que é importante saber sobre câncer colorretal
Descubra como identificar os principais sintomas, como o diagnóstico é realizado, se há tratamento e como prevenir.
O câncer colorretal é um tumor maligno do intestino grosso, também chamado de cólon, e sua porção final, o reto. No Brasil é o segundo câncer mais incidente em homens e mulheres, ficando atrás apenas dos de próstata e mama, respectivamente. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados mais de 40.000 novos casos apenas no último ano.
Sua alta incidência tem uma motivação: habitualmente o câncer colorretal tem uma longa fase de curso assintomático, sendo habitualmente diagnosticado em estágios avançados. A única maneira de identificá-lo em estágios iniciais é através de exames preventivos. O tipo mais comum de câncer colorretal decorre da degeneração de pólipos benignos (adenomas), que, com o passar dos anos evoluem para o tumor maligno.
A incidência do câncer colorretal é crescente com a idade, tornando-se mais frequente em homens e mulheres acima dos 45 anos de idade.
Quais são os fatores de risco e os hábitos que levam ao câncer colorretal?
Os fatores de risco e possíveis causadoras desse tipo de câncer são:
- Consumo de carne vermelha, embutidos e, principalmente, alimentos processados (salame, linguiça, etc): os estudos sugerem que o consumo de grandes quantidades destes tipos de alimentos diariamente, criam um ambiente desfavorável, elevando o risco do desenvolvimento de câncer colorretal. Contudo, a quantidade exata ingerida diariamente ao longo da vida para que este fato ocorra é incerta na literatura médicaL;
- Excesso de peso (obesidade), associada a uma dieta pouco balanceada: a obesidade mantém o corpo em um estado de inflamação crônica, que predispõe o aparecimento do câncer colorretal, agravado por uma dieta normalmente pobre em fibras;
- Idade: pessoas acima de 45 anos são mais propensas ao câncer colorretal;
- Tabagismo;
- Ingestão de bebidas alcóolicas em excesso;
- Histórico familiar de câncer colorretal ou histórico pessoal de pólipos adenomatosos: se pessoas da família (parentes de primeiro grau) já tiveram câncer no intestino (ou ainda câncer de mama, ovário e útero), ou se você já teve algum desses cânceres ou adenomas identificados em exames de colonoscopia prévios, as chances de ter a doença são maiores;
- Pessoas com a chamada Doença Inflamatória Intestinal: este grupo de pacientes, que inclui os portadores de Doença de Crohn ou Retocolite Ulcerativa Idiopática, devem redobrar os cuidados e os exames para prevenção devem ser feitos de forma ainda mais rigorosa.
Quais são os principais sintomas do câncer colorretal?
O câncer colorretal tem uma longa fase inicial, normalmente silenciosa, podendo levar cerca de 10 anos desde o surgimento dos pequenos pólipos benignos, até o aparecimento de sintomas, quando já habitualmente se encontra em fases mais avançadas.
Alguns dos principais sintomas são:
- Sangue nas fezes, com ou sem a presença de muco (semelhante à "catarro");
- Mudança no hábito intestinal, seja com diarreia e urgência para evacuação ou constipação ("prisão de ventre"). A associação destes fatores à cólica e distensão ("inchaço") abdominal são fatores agravantes;
- Alteração no formato e calibre das fezes: pode-se observar que as fezes ficaram mais finas e alongadas;
- Sensação de "inchaço" constante, mesmo após evacuação.
Todos estes fatores também podem estar relacionados a diversas outras doenças intestinais, com gravidade variável. Por isso é importante estar atento a eles e buscar ajuda médica especializada o quanto antes para a realização de exames e investigação de um diagnóstico definitivo.
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A importância do diagnóstico precoce em casos de câncer colorretal
A chave para o tratamento deste tipo de câncer está no seu rastreamento e detecção precoce, ainda na fase assintomática da doença. A principal forma de diagnóstico é por meio da colonoscopia, que possibilita a identificação de pólipos e tumores, bem como sua localização. Outro exame muito utilizado para o rastreamento é a pesquisa de sangue oculto nas fezes. Este último, porém, não nos permite afirmar qual a origem do sangramento, normalmente sendo indicada a realização da colonoscopia para complementação diagnóstica após teste positivo.
Para aqueles assintomáticos, com algum fator de risco, como por exemplo, idade maior de 45 anos, a prática do rastreamento recorrentes em intervalos pré-definidos pelo seu médico é essencial para a prevenção do aparecimento do câncer ou para que haja maior probabilidade de cura com o tratamento, caso este já esteja presente.
O papel da colonoscopia
A colonoscopia é um exame endoscópico do intestino grosso (cólon e reto), realizado através da introdução do colonoscópio pelo ânus, progredindo-se cuidadosamente até a região proximal do cólon (ceco), avaliando-se toda a superfície intestinal durante a introdução e, principalmente, retirada do aparelho, capturando-se imagens de vídeo e fotos em tempo real, enquanto o paciente encontra-se confortavelmente sedado.
A sua principal finalidade é justamente a identificação de pólipos que podem se tornar malignos, sendo uma ferramenta crucial para a prevenção do câncer colorretal.
A colonoscopia deve ser feita de tempos em tempos, de acordo com intervalo a ser definido por um médico, independente da ocorrência de sintomas, para a detecção e prevenção do câncer no cólon e reto.
Existe cura para o câncer colorretal?
As chances de cura, quando o câncer colorretal é identificado em estágios iniciais, é de aproximadamente 90% à 95%, dessa forma evita-se a progressão da doença e agravamentos, como a ocorrência de metástases, por exemplo.
Existem diversos tratamentos para o câncer colorretal, dependendo do estágio da doença, localização e particularidades clínicas de cada paciente. Algumas possibilidades de tratamento são: quimioterapia e radioterapia, seguidas ou não de cirurgia (tumores do reto).
Há também a possibilidade da indicação de cirurgia como opção inicial, retirando-se parte do intestino. Pode ser necessária uma colostomia temporária ou definitiva, dependendo da porção retirada.
Como prevenir o câncer colorretal?
As principais formas de prevenção deste tipo de câncer são:
- Alimentação balanceada, rica em fibras e alimentos naturais, moderando a ingesta de carne vermelha, alimentos processados e embutidos;
- Manutenção do peso ideal para sua altura, evitando a obesidade;
- Prática de atividades físicas regulares;
- Não fumar;
- Se a pessoa estiver incluída em um dos grupos dos fatores de risco, deve realizar acompanhamento médico e rastreamento como medida preventiva, idealmente por meio da colonoscopia. Se apresentar sintomas, procurar auxílio médico para investigação e diagnóstico preciso o quanto antes.
Não fique em dúvida, marque uma consulta com um de nossos médicos especialistas para diagnóstico e realização de exames de acordo com a necessidade de cada paciente.