Principais fatores de risco para pedra na vesícula

Entenda quais são os fatores que aumentam a probabilidade de desenvolvermos pedras na vesícula.

Desenvolver pedras, ou cálculos biliares, na vesícula é um problema muito comum, que está presente em, aproximadamente, mais de 5% da população. No entanto, as potenciais complicações desta doença não devem ser subestimadas. Os cálculos afetam o armazenamento e a migração de uma substância importantíssima para o bom funcionamento intestinal: a bile. 

A principal função da bile, excretada pelo fígado e armazenada na vesícula biliar, é auxiliar na emulsificação de gorduras durante o processo de digestão. Um dos principais componentes dessa substância é o colesterol que, em altos níveis, é um dos causadores das pedras.

Outra consequência preocupante, decorrente de pedras na vesícula, é uma doença chamada colecistite aguda. Quando o paciente apresenta essa condição, a vesícula fica inflamada, na maioria das vezes, por conta da obstrução da drenagem da bile do interior da vesícula.

A terceira, dentre as complicações mais comuns, é uma doença chamada de pancreatite aguda, em que o pâncreas apresenta uma inflamação decorrente da obstrução do seu ducto, causada pelo cálculo migrado, impedindo o processo da drenagem.

Além disso, os sintomas de pedra na vesícula, mesmo na ausência de complicações, podem ocasionar desconforto e dor abdominal, náuseas e vômitos, diminuindo significativamente a qualidade de vida do paciente.

Quais são os fatores de risco para pedra na vesícula?

Diversos fatores são apontados como causadores dessa condição. Eles podem ser responsáveis por alterar a composição da bile e levarem à solidificação de substâncias, resultando no surgimento dos cálculos que podem ter tamanhos variados e se encontrarem em maior ou menor quantidade. 

Conheça os quatro principais fatores de risco para o desenvolvimento de pedras na vesícula:

Pessoas acima dos 40 anos

Apesar da ocorrência ser possível, os cálculos biliares são menos frequentes em pessoas abaixo dos 40 anos. A maior incidência de pedras na vesícula ocorre aos 50 e 60 anos, para as mulheres e os homens, respectivamente.

Isso ocorre devido a diversos fatores, dentre eles alterações metabólicas e hormonais, principalmente nas mulheres, mudanças nos níveis de colesterol sanguíneo e menor motilidade da vesícula com o avanço da idade, principalmente em sedentários.

Por isso, após ultrapassar essa idade, é necessário redobrar os cuidados com relação a outros fatores de risco, como a alimentação, manutenção do peso adequado e a prática de atividades físicas.

Obesidade

A obesidade é uma doença crônica e um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de pedra na vesícula. Normalmente, é essa condição que explica o aparecimento dos cálculos em pessoas jovens. 

O mecanismo de formação de cálculos em pacientes obesos acontece por conta da secreção elevada de colesterol pelo fígado, saturando seu nível na composição da bile, o que leva a  uma redução da contração da vesícula e, consequentemente, a formação das pedras na vesícula. .

A ingestão de alimentos ricos em colesterol (frituras, doces, alimentos gordurosos, dentre outros) é também um dos fatores de risco da doença, já que aumentam os níveis gerais de colesterol na bile.

Sedentarismo

Uma das maneiras mais efetivas de se prevenir as pedras na vesícula é a prática de atividades físicas. Portanto, um estilo de vida sedentário, ou seja, sem a prática dessas atividades, é um dos principais fatores de risco para o aparecimento dos cálculos biliares. 

A falta de movimentação física está associada a elevação do chamado “mau colesterol”, o LDL, e a diminuição do “bom colesterol”, o HDL, gerando uma situação de risco para o aparecimento dos cálculos na vesícula e também de outras doenças, principalmente cardiovasculares.

Mais uma vez, neste contexto, a alimentação também faz a diferença. Assim, uma dieta rica em alimentos que contenham "bom colesterol" e fibras, associada à prática de atividades físicas, previnem o aparecimento da doença. 

Mulheres em idade fértil

O aparecimento de pedras na vesícula é mais comum em pessoas do sexo feminino e esta diferença á mais pronunciada até os 50 anos.

A ação do estrogênio é um dos fatores que levam a essa disparidade. Esse hormônio está presente em níveis mais altos nas mulheres e está relacionado ao desenvolvimento das características secundárias femininas e também pelo controle da ovulação. 

Portanto, pessoas do sexo feminino em idade fértil, em especial mulheres que fazem uso de anticoncepcional ou que realizam tratamentos de reposição hormonal, estão mais propensas a desenvolver cálculos biliares. 

Já quando a mulher entra na menopausa, período em que ocorre o declínio dos níveis de estrogênio, esse risco fica reduzido. 

Vale lembrar que pode ocorrer o acúmulo de fatores de risco, resultando em uma probabilidade ainda maior do aparecimento de pedras na vesícula. Por exemplo, uma mulher fértil, sedentária, com uma dieta rica em colesterol e com histórico familiar da doença, é mais provável de desenvolver a doença.

Outros fatores de risco importantes, e que também devem ser levados em consideração, são:

  • Diabetes;
  • Hipertensão;
  • Tabagismo;
  • Alimentação pobre em fibras;
  • Emagrecimento rápido;
  • Predisposição genética.

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Como prevenir a pedra na vesícula?

A mudança de alguns hábitos pode prevenir o aparecimento de cálculos biliares. São eles:

  • Evitar o consumo em excesso de alimentos: fritos, processados, com excesso de açúcar refinado (embutidos, biscoitos, salgadinhos e bolos), ou altamente industrializados. Prefira alimentos naturais, com "bom colesterol" e ricos em fibras, como azeite de oliva, peixes, frutas, chocolate amargo (cacau 70% ou mais) e sementes oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas, etc);
  • Prática regular de atividades físicas;
  • Não fumar;
  • Controle de peso (lembrando que, caso a intenção seja perder peso, faça-a sob orientação nutricional).

Diagnóstico e tratamento de pedra na vesícula

Para o diagnóstico da doença são pedidos exames médicos, como o ultrassom e provas laboratoriais. 

Caso apresente sintomas da doença, como dores recorrentes ou agudas na região abdominal, associadas ou não a náuseas, vômitos, inchaço abdominal, urina escurecida, fezes esbranquiçadas, diarreia ou constipação, busque ajuda médica. Entre em contato conosco e agende sua consulta para investigação e determinação de um diagnóstico efetivo. 

O tratamento padrão para pedras na vesícula é a retirada total do órgão, uma cirurgia chamada de colecistectomia, realizada pela técnica de laparoscopia. Em raros casos, outros tratamentos, como o medicamentoso, podem ser indicados, especialmente em situações em que o paciente não apresenta as condições de saúde ideais para a realização da cirurgia. 

A conduta depende do diagnóstico, fatores de risco envolvidos, tamanho e quantidade das pedras, dentre outros.

Fique atento: além de dor, as pedras na vesícula podem  gerar complicações e levar a doenças de tratamento urgente como: colecistite aguda, fístulas biliares, coledocolitíase, colangite e a pancreatite.

Evite complicações, garanta um diagnóstico efetivo e realização do tratamento imediato! Marque uma consulta com um de nossos especialistas.

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